
Com a chuva que castiga a cidade desde segunda-feira, as praias da Zona Sul tornaram-se receptáculos de esgoto in natura. Toda vez que chove esse assunto voltou à tona. A sujeira da água e das areias de um dos maiores atrativos turísticos do Rio é visível.
A saída dos dejetos começa na praia do Flamengo. Eles se espalham pela de Botafogo, por toda a Baía de Guanabara e, depois, por Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon. Isso acontece porque a galeria de águas pluviais arrasta tudo para a praia: sujeira, lixo acumulado e até esgoto.
Mas, apesar de o carioca demonstrar sua paixão pelas praias, enchendo-as sempre que tem sol, ele também é culpado por boa parcela de sua sujeira. Só para se ter uma idéia, na alta temporada (de dezembro a março), a Comlurb recolhe 193 toneladas de entulho das areias cariocas. Nos fins de semana, o volume chega a 290 toneladas por dia.
O Artigo 34 do Conselho Nacional de Meio Ambiente, CONAMA (www.mma.gov.br/conama), obriga a interdição das praias e balneários com má qualidade das águas. Algumas representações já foram encaminhadas aos Ministérios Públicos Estadual (www.mp.rj.gov.br) e Federal (www.pgr.mpf.gov.br), e à Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, Cedae (www.cedae.rj.gov), com solicitações como uma campanha imediata de esclarecimento à população acerca dos perigos a que está sujeita.
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