Roberta Freire - Jornalismo - UniverCidade
Com pontualidade britânica, o sírio-francês-brasileiro André Midani e a esposa, Gilda Midani, chegaram, nesta terça-feira, sete de outubro, à livraria da Travessa, no Shopping Leblon, para o lançamento de seu livro "Música, Ídolos e Poder: do Vinil ao Download". Poucos minutos depois, a fila para autógrafos já quase invadia os corredores do shopping, confirmando a popularidade do produtor. Com clima de nostalgia, entre uma dedicatória e outra, André conversava com amigos antigos (e eternos), sobre um tempo da música brasileira que não volta mais. "André é um ícone único da indústria fonográfica. As melhores lembranças que eu tenho o envolvem. Ele fazia a gente curtir uma gravação. Depois dele, isso nunca mais aconteceu. No final das contas, a parte mais extraordinária da história da nossa banda está ligada ao André. Sinto falta dessa época porque uma parte deste glamour que envolvia a música ficou perdida. O André faz muita falta" – conta o baterista do Titãs, Charles Gavin.
O cantor, compositor e guitarrista do Barão Vermelho, Frejat, também era um dos que relembrava, com saudades, de uma época passada: "A relação das pessoas com a música mudou, está tudo mais superficial hoje em dia, mais efêmero. Antes, a música tinha um papel mais importante na vida do ser humano. Uma pena, porque acho que o mundo fica muito melhor com música". O jornalista Nelson Motta complementou o pensamento do amigo: "Eu acho que o livro do André mostra muito bem esta transição da música, os anos dourados, os discos.... Hoje tudo isso acabou. Estamos em outra realidade tecnológica, de comunicação, de gravação...". Quem, também, marcou presença no lançamento do livro de Midani foi o cantor Erasmo Carlos: "Não podia deixar de vir. Eu e André convivemos muito durante a década de 70. Ele ajudou muito na minha carreira".
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Cultura - A música já não é mais a mesma...
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