A medida provisória 2208 editada pelo governo federal em 2001 que descentralizou a produção das carteiras
de estudante, está trazendo dor de cabeça para quem trabalha na indústria da cultura e do entretenimento. A lei permite que qualquer estabelecimento de ensino ou entidade estudantil emita o documento , o que antes era feito somente pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) . O resultado é a criação de uma indústria de carteiras estudantis cuja produção derrama no mercado uma grande quantidade de documentos falsos. Mas o maior prejudicado com o grande número de carteiras de estudantes falsas são os consumidores que pagam o preço inteiro do ingresso. Os empresários da área de entretenimento são obrigados a aumentar o valor da entrada para compensar os descontos oferecidos aos estudantes e evitar prejuízos.
De acordo com algumas pessoas que trabalham no comércio, os próprios empregados da UNE ou UBES, fazem carteiras fora do local de trabalho e com um preço bem mais acessível. " Eu comprei uma carteira de estudante da UNE por 30 reais aqui no shopping, não precisei nem procurar, eles vêm até a gente", afirmou uma vendedora do shopping da Gávea.
A tecnologia é um fator que facilitou bastante o crescimento das falsificações, as carteiras são vendidas até pela internet. Programas de computador, como o Fotoshop e o Paint Brush, facilitam a falsificação das carteiras e dos boletos de cobrança de mensalidade das instituições de ensino. A estudante Gabriela, que cursa pós-graduação no Rio de Janeiro, conta que modificou alguns dados do boleto de cobrança para tirar uma carteira falsa para o namorado. " Não acho certo o que fiz, mas também não acho justo pagar tão caro para ir ao cinema e ao teatro". Familiarizados com a tecnologia, os falsos estudantes mudam o nome, a data de validade do documento e até o código de barras. Mas as facilidades não param por aí. Na internet, é possível encontrar sites e páginas do Orkut que vendem carteiras de estudante falsas. O comprador recebe o documento pelo correio.
A tecnologia é um fator que facilitou bastante o crescimento das falsificações, as carteiras são vendidas até pela internet. Programas de computador, como o Fotoshop e o Paint Brush, facilitam a falsificação das carteiras e dos boletos de cobrança de mensalidade das instituições de ensino. A estudante Gabriela, que cursa pós-graduação no Rio de Janeiro, conta que modificou alguns dados do boleto de cobrança para tirar uma carteira falsa para o namorado. " Não acho certo o que fiz, mas também não acho justo pagar tão caro para ir ao cinema e ao teatro". Familiarizados com a tecnologia, os falsos estudantes mudam o nome, a data de validade do documento e até o código de barras. Mas as facilidades não param por aí. Na internet, é possível encontrar sites e páginas do Orkut que vendem carteiras de estudante falsas. O comprador recebe o documento pelo correio.
O projeto de lei 5205 de 2005 propõe que somente entidades representativas dos estudantes reconhecidas juridicamente possam emitir a carteira, que a meia-entrada seja limitada a 30% do montante total de ingressos vendidos para eventos culturais e esportivos e que o valor desse tipo de desconto possa ser reduzido dos impostos. A proposta ainda não foi votada, mas conta com o apoio de entidades estudantis, exibidores e produtores culturais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário