Natália Nogueira - Jornalismo - UniverCidade
Os frequentadores mais atentos e apreciadores da beleza do calçadão de Ipanema, já devem ter notado a existência de áreas cercadas com arame, com placas que exibem a seguinte informação: “Proteção e Revegetação das Dunas de Ipanema – Leblon”.Na altura do posto 10, está sendo feita a recuperação da vegetação de seis dunas da praia. Segundo a bióloga da UFRJ, Dorothy Sue Dunn, serão replantadas mais de 15.000 mudas no período de um ano. Tal iniciativa objetiva a proteção e preservação da área. Inicialmente, o projeto prevê o plantio de algumas espécies nativas como a Ipoméia, que é uma planta resistente a força do vento, o que facilita a permanência da areia no local. Posteriormente, serão cultivadas espécies ornamentais que se adaptam muito bem ao sol, tais como; Plumbago mais conhecida como jasmim azul, que formam arbustos com flores que podem ser azuladas ou brancas; Cactos e Bromélias que são plantas tipicamente tropicais.
Há quem diga que cultivar Bromélias - diante do grave risco que a dengue vem representando nos últimos anos para a saúde pública carioca - é sinônimo de irresponsabilidade. Já, para os defensores das Bromélias, não há ameaça pior que milhares de embalagens e garrafas plásticas jogadas nos terrenos e quintais das cidades, resultado de hábitos de consumo descompromissados e da falta de educação ambiental.
Consensual ou não, as opiniões acenam para a conscientização ecológica. A adaptação das plantas nas dunas não é o problema. O grande desafio é combater o vandalismo e destruição das mudas. Quanto às Bromélias, estas não podem ser responsabilizadas pela negligência social e pelo descalabro consentido das políticas publicas. Como dizia o saudoso sociólogo Betinho é “importante ver, com os dois olhos, os dois lados - para mudar uma única realidade, a que temos".
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