Saúde - Christian Baeta - Jornalismo - UniverCidade
Com o intuito de inibir a influência da indústria farmacêutica sobre os médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM), está fazendo uma reformulação no seu Código de Ética. Umas das principais mudanças é a proibição de distribuir amostras grátis de remédios aos pacientes. As amostras grátis já eram utilizadas pelos médicos há muitos anos para iniciar um tratamento
Com o intuito de inibir a influência da indústria farmacêutica sobre os médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM), está fazendo uma reformulação no seu Código de Ética. Umas das principais mudanças é a proibição de distribuir amostras grátis de remédios aos pacientes. As amostras grátis já eram utilizadas pelos médicos há muitos anos para iniciar um tratamento
Quem saiu perdendo com essa medida foram os idosos. O Rio de Janeiro é a metrópole brasileira com a maior concentração de moradores com mais de 60 anos e o bairro de Copacabana é o que mais abriga a terceira idade. Segundo dados do IBGE, eles compõem 13,8% da população da região metropolitana.
Muitos idosos e pacientes, sem recursos, aproveitam para se tratar com esses medicamentos. A aposentada e empregada doméstica Helena Ribeiro relatou que sempre quando vai ao Hospital de Ipanema pede uma amostra grátis. "Eu peço ao médico muitos remédios, pois não tenho como comprá-los. Às vezes, volto ao Hospital só para o doutor não esquecer de mim e me dar algumas amostras".
Os médicos também não receberão mais brindes e financiamentos para viagens e congressos. Segundo o CMF, esses benefícios podem influenciar na prescrição dos remédios, pois grandes congressos de medicina são financiados pela indústria farmacêutica.
"A proibição, em princípio, não seria uma medida adequada e sim a normatização e fiscalização das indústrias farmacêuticas. Esperamos sempre do governo o controle e fiscalização das ações, cabendo ao CFM apontar as falhas e possíveis adequações necessárias", informa o oftalmologista Luiz Filipe de Albuquerque Alves.
Para que as mudanças entrem em vigor em 2009, será preciso a aprovação dos Conselhos Regional e Federal de Medicina.
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